Já lá vai o tempo em que as senhoras estreavam os seus vestidos nas inaugurações dos Salões, sobretudo na Primavera, e a orquestra tocava na pequena galeria virada para o salão, enquanto o público se apinhava para ver os quadros dos mestres Malhoa, Carlos Reis, Veloso Salgado, entre outros.
Os tempos agora são outros mas a Sociedade Nacional de Belas-Artes, instituição de utilidade pública fundada a 16 de Março de 1901 resultando da fusão da Sociedade Promotora das Belas-Artes (1860) e do Grémio Artístico (1890), deu continuidade aos princípios destas associações artísticas actualizando os seus interesses.
Fruto da geração dos artistas naturalistas, a Sociedade pugnou sempre pela defesa dos interesses profissionais e sociais dos seus associados de forma democrática e concretizou um sonho que herdava da Promotora: a construção de um edifício para albergar a sede, onde se pudessem realizar grandes exposições e estabelecer laços de convívio.
Desde 1913 com sede no nº 36 da rua Barata Salgueiro, a Sociedade é usufrutuária do belo edifício traçado pelo arquitecto Álvaro Machado (projecto de 1906) num gosto eclético neo-românico. De corpo alongado, bem fenestrado na fachada principal, e com um grandioso salão para exposições, então único em Lisboa, ficou então conhecido como o Palácio da Barata Salgueiro. O Estado custeou a sua construção, e a Sociedade comprometia-se a colaborar e oferecer por ano uma obra de arte.
A actividade desta instituição, cujos presidentes têm sido artistas e arquitectos prestigiados, passa pela divulgação das artes plásticas tendo levado a cabo a realização de salões anuais, a promoção de novos talentos, e inúmeras exposições de arte contemporânea, individuais e colectivas, incluindo mostras de arquitectura e de design.
Inicialmente o ensino artístico estava a cargo dos mestres em regime de aulas livres, mais tarde deu origem a um curso preparatório para o ingresso nas Escolas de Belas-Artes, e outro de formação artística. Em 1965 nasceu o Curso de Formação Artística, pioneiro pela sua estrutura nova, o qual oferece no presente em horário pós-laboral uma componente prática em pintura e desenho, e uma teórica em história de arte.
A Sociedade foi palco de acontecimentos que marcaram a história dos movimentos artísticos e a sua própria história: os confrontos entre os artistas tradicionais e modernos (1921), o fecho da sede (1952), os encontros do Movimento de Artistas Plásticos (1974), a Exposição Comemorativa do Centenário (2001) e nela foram mostradas algumas das obras fundamentais da arte contemporânea. A colaboração da Sociedade com outras entidades congéneres a nível nacional e internacional é inestimável, assim como a cooperação com associações, instituições diversas, escolas de arte, câmaras municipais, museus, fundações, galerias, sendo também consultora a vários níveis para as questões do ensino artístico, do património e decorrentes da profissão.
Procurando manter renovados os seus espaços a Sociedade oferece ao público um programa actualizado com exposições, colóquios, conferências, cursos e outros eventos culturais. Situada próximo do Marquês de Pombal e da Baixa é um lugar privilegiado para o contacto com a arte, e simultaneamente um espaço aberto a todos aqueles que querem concretizar o sonho de dominar o lápis e o pincel, ou apenas procuram actualizar os seus conhecimentos, encontrando nesta casa um lugar de aprendizagem e de convívio com a arte e os artistas plásticos.
Texto: Cristina Azevedo Tavares
Decida-se a fazer aquele curso de História da Arte, de Desenho ou de Pintura com o qual sonha há anos. Estimule o artista que há em si em horários pós-laborais.
2013-10-21
Já lá vai o tempo em que as senhoras estreavam os seus vestidos nas inaugurações dos Salões, sobretudo na Primavera, e a orquestra tocava na pequena galeria virada para o salão, enquanto o público se apinhava para ver os quadros dos mestres Malhoa, Carlos Reis, Veloso Salgado, entre outros.
Os tempos agora são outros mas a Sociedade Nacional de Belas-Artes, instituição de utilidade pública fundada a 16 de Março de 1901 resultando da fusão da Sociedade Promotora das Belas-Artes (1860) e do Grémio Artístico (1890), deu continuidade aos princípios destas associações artísticas actualizando os seus interesses.
Fruto da geração dos artistas naturalistas, a Sociedade pugnou sempre pela defesa dos interesses profissionais e sociais dos seus associados de forma democrática e concretizou um sonho que herdava da Promotora: a construção de um edifício para albergar a sede, onde se pudessem realizar grandes exposições e estabelecer laços de convívio.
Desde 1913 com sede no nº 36 da rua Barata Salgueiro, a Sociedade é usufrutuária do belo edifício traçado pelo arquitecto Álvaro Machado (projecto de 1906) num gosto eclético neo-românico. De corpo alongado, bem fenestrado na fachada principal, e com um grandioso salão para exposições, então único em Lisboa, ficou então conhecido como o Palácio da Barata Salgueiro. O Estado custeou a sua construção, e a Sociedade comprometia-se a colaborar e oferecer por ano uma obra de arte.
A actividade desta instituição, cujos presidentes têm sido artistas e arquitectos prestigiados, passa pela divulgação das artes plásticas tendo levado a cabo a realização de salões anuais, a promoção de novos talentos, e inúmeras exposições de arte contemporânea, individuais e colectivas, incluindo mostras de arquitectura e de design.
Inicialmente o ensino artístico estava a cargo dos mestres em regime de aulas livres, mais tarde deu origem a um curso preparatório para o ingresso nas Escolas de Belas-Artes, e outro de formação artística. Em 1965 nasceu o Curso de Formação Artística, pioneiro pela sua estrutura nova, o qual oferece no presente em horário pós-laboral uma componente prática em pintura e desenho, e uma teórica em história de arte.
A Sociedade foi palco de acontecimentos que marcaram a história dos movimentos artísticos e a sua própria história: os confrontos entre os artistas tradicionais e modernos (1921), o fecho da sede (1952), os encontros do Movimento de Artistas Plásticos (1974), a Exposição Comemorativa do Centenário (2001) e nela foram mostradas algumas das obras fundamentais da arte contemporânea. A colaboração da Sociedade com outras entidades congéneres a nível nacional e internacional é inestimável, assim como a cooperação com associações, instituições diversas, escolas de arte, câmaras municipais, museus, fundações, galerias, sendo também consultora a vários níveis para as questões do ensino artístico, do património e decorrentes da profissão.
Procurando manter renovados os seus espaços a Sociedade oferece ao público um programa actualizado com exposições, colóquios, conferências, cursos e outros eventos culturais. Situada próximo do Marquês de Pombal e da Baixa é um lugar privilegiado para o contacto com a arte, e simultaneamente um espaço aberto a todos aqueles que querem concretizar o sonho de dominar o lápis e o pincel, ou apenas procuram actualizar os seus conhecimentos, encontrando nesta casa um lugar de aprendizagem e de convívio com a arte e os artistas plásticos.
Texto: Cristina Azevedo Tavares
Decida-se a fazer aquele curso de História da Arte, de Desenho ou de Pintura com o qual sonha há anos. Estimule o artista que há em si em horários pós-laborais.
2013-10-21