O actual edifício da Torre do Tombo foi projectado pelo atelier do arquitecto Arsénio Cordeiro e inaugurado em 1990, destinando -se a receber o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, cujo vasto espólio se encontrava desde 1757 no edifício do Mosteiro de São Bento da Saúde, hoje Palácio de São Bento. O novo arquivo herdou o nome da torre albarrã do Castelo de São Jorge, onde eram mantidos os documentos do reino desde pelo menos 1378, e até 1755. A imponente estrutura da Torre do Tombo, constituída por dois grandes paralelepípedos unidos por um corpo central, assenta sobre um largo embasamento que lhe confere a feição inexpugnável de uma fortaleza ou de um cofre-forte, num conjunto evocativo dos grandes monumentos históricos construídos para a eternidade, guardiães da memória coletiva.
O edifício pode albergar 140 quilómetros lineares de documentação, e inclui gabinetes técnicos, salas de leitura, auditório e sala de exposições. As fachadas principal e posterior são encimadas por oito gárgulas da autoria do escultor José Aurélio, representando elementos fundamentais da história da humanidade e da missão particular dos arquivos, no passado e no presente. A Torre do Tombo guarda mais de dez séculos de história documental portuguesa, incluindo documentos anteriores à fundação da nacionalidade e outros tão relevantes como a Bula Manifestis Probatum, considerada por muitos a «certidão de nascimento de Portugal», bem como a Carta de Pêro Vaz de Caminha, o Tratado de Tordesilhas e a coleção Corpo Cronológico, conjunto composto por cerca de 83.000 documentos, principalmente da época dos descobrimentos portugueses, considerados Memória do Mundo pela UNESCO. Aí estão igualmente mais de 36 mil processos do Tribunal do Santo Ofício, o Arquivo das polícias políticas, em particular da PVDE/PIDE/DGS, e os magníficos exemplares da Leitura Nova, códices iluminados que retratam a reforma do Estado Português durante o século XVI.
2015-03-16
O actual edifício da Torre do Tombo foi projectado pelo atelier do arquitecto Arsénio Cordeiro e inaugurado em 1990, destinando -se a receber o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, cujo vasto espólio se encontrava desde 1757 no edifício do Mosteiro de São Bento da Saúde, hoje Palácio de São Bento. O novo arquivo herdou o nome da torre albarrã do Castelo de São Jorge, onde eram mantidos os documentos do reino desde pelo menos 1378, e até 1755. A imponente estrutura da Torre do Tombo, constituída por dois grandes paralelepípedos unidos por um corpo central, assenta sobre um largo embasamento que lhe confere a feição inexpugnável de uma fortaleza ou de um cofre-forte, num conjunto evocativo dos grandes monumentos históricos construídos para a eternidade, guardiães da memória coletiva.
O edifício pode albergar 140 quilómetros lineares de documentação, e inclui gabinetes técnicos, salas de leitura, auditório e sala de exposições. As fachadas principal e posterior são encimadas por oito gárgulas da autoria do escultor José Aurélio, representando elementos fundamentais da história da humanidade e da missão particular dos arquivos, no passado e no presente. A Torre do Tombo guarda mais de dez séculos de história documental portuguesa, incluindo documentos anteriores à fundação da nacionalidade e outros tão relevantes como a Bula Manifestis Probatum, considerada por muitos a «certidão de nascimento de Portugal», bem como a Carta de Pêro Vaz de Caminha, o Tratado de Tordesilhas e a coleção Corpo Cronológico, conjunto composto por cerca de 83.000 documentos, principalmente da época dos descobrimentos portugueses, considerados Memória do Mundo pela UNESCO. Aí estão igualmente mais de 36 mil processos do Tribunal do Santo Ofício, o Arquivo das polícias políticas, em particular da PVDE/PIDE/DGS, e os magníficos exemplares da Leitura Nova, códices iluminados que retratam a reforma do Estado Português durante o século XVI.
2015-03-16